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Raças caninas

 

 

A Fédération Cynologique Internationale, ou FCI, é a maior organização cinófila do mundo, contando com 84 países membros e contratantes (um membro por país) que expedem, cada um, seus próprios pedigrees e formam seus juízes. A FCI garante o reconhecimento mútuo dos juízes e pedigrees dentro e entre seus países membros.

Você sabia que o termo cinologia possui raiz nos termos gregos kýon, kynós, significando cão; e logos, significando tratado? Assim, cinologia é o estudo científico dos cães.

A FCI foi fundada em 1911 pela França, Alemanha, Bélgica e Países Baixos. A Associação foi desfeita durante a primeira Guerra Mundial e só foi reestabelecida em 1927 pela Société Centrale Canine da França e a Société Royale Saint-Hubert da Bélgica. Atualmente sua sede se encontra na cidade de Thuin, na Bélgica. 

A maior exposição canina realizada pela FCI é o World Dog Show, realizado anualmente, sendo que a cada ano o evento é sediado em um país membro diferente.

A FCI divide as raças caninas em 10 grupos oficiais de acordo com a função e tipo físico ou história da raça.

Grupo 1 : Cães pastores e boiadeiros, com exceção dos boiadeiros suíços.

Grupo 2 : Cães tipo pinscher, schnauzer e outros, molossos tipo montanhês e tipo dogue e boiadeiros suíços.

Grupo 3 : Cães terriers de grande e médio porte, terriers de pequeno porte, terriers tipo bull e terriers de companhia.

Grupo 4 : Cães teckels.

Grupo 5 : Cães nórdicos de trenó, cães nórdicos de caça, cães nórdicos de caça e pastoreio, spitz europeus, spitz asiáticos e raças assemelhadas e cães de tipo primitivo.

Grupo 6 : Cães sabujos, cães de pista de sangue e assemelhadas.

Grupo 7 : Cães de aponte continentais e cães de aponte britânicos.

Grupo 8 : Cães recolhedores de caça, cães levantadores de caça, e cães d’água.

Grupo 9 : Cães Bichons, poodle, cães belga de pequeno porte, cães pelados, cães do tibete, chihuahua, spaniels ingleses de companhia, spaniels japoneses e pequineses, spaniels anões, Kromfohrländer e molossos de pequeno porte.

Grupo 10 : Cães lebréis de pêlo longo e franjado, lebréis de pêlo duro e lebréis de pêlo curto.

Grupo 11: Formado pelas raças reconhecidas no Brasil mas ainda não reconhecidas internacionalmente. 

No Brasil o representante oficial da FCI é a Confederação Brasileira de Cinofilia - CBKC.

Raças mais populares no Brasil:

 

 

# 01 | Afghan Hound

Esta raça majestosa e elegante não deve ser julgada meramente por sua aparência ou por sua estonteante beleza. O Afghan Hound possui uma agilidade mar cante e uma forte constituição física que lhe permite suportar as piores condições de irregularidade e aspereza do terreno.

Conhecida também como Galgo de Cabul, esta raça antiga foi retratada nas gravuras das pinturas afegãs de 4 mil anos e em uma tapeçaria grega, datando do século VI a.c. Provavelmente originário do Oriente Médio, o Afghan se espalhou pelas rotas do comércio rumo ao Afeganistão, tendo sido usado na caça ao antílope, à gazela, aos lobos e aos leopardos da neve. Os primeiros Afghans chegaram à Grã-Bretanha em 1886, tendo sido introduzidos nos Estados Unidos apenas em meados de 1926.

São cães independentes, espertos e amigáveis, porém de temperamento sensível. Embora emocionalmente fortes, definham quando são privados de atenção. Houve uma época em que a raça teve a reputação de não ser confiável, mas tal imagem foi substituída por um caráter que, ainda intrépido, diz-se ser mais receptivo ao treinamento e à disciplina.

 

# 02 | Airedale Terrier

Originário da região de Yorkshire, mais precisamente do Vale do Aire, de onde recebeu o seu nome, ele foi desenvolvido para caçar lontras. O Airedale é um cão forte, cheio de energia e um bom nadador. Nada o deixa mais feliz do que se jogar na água para brincar e nadar.

A raça foi desenvolvida no século XIX pelo cruzamento entre os Otterhounds com o extinto Terrier preto castanho e foi usada na caça aos ursos, aos lobos, ao javali, ao veado e à lontra. O Airedale foi uma das primeiras raças a ser recrutada pelo Exército Britânico na Primeira Guerra Mundial, tendo sido usado como guarda e mensageiro nas trincheiras da Flandres.

São amigos leais, podem se tornar excelentes cães de companhia e ideais como cães de guarda. Entretanto podem se tornar às vezes um pouco desobedientes, o que exige de seus donos um manejo firme e, ao mesmo tempo, muito carinho.

 

# 03 | Akita

Membro da família dos Spitz, o Akita é uma raça atlética e forte, cujo nome é derivado da província japonesa de Akita, na ilha de Honshu. Em sua terra natal, o Akita foi usado inicialmente como cão de guarda e policial, mas também se tornou um animal de companhia bastante popular em todo o mundo.

O Akita é o maior dos três tipos de cão Spitz do Japão, e essa raça permaneceu praticamente inalterada por mais de trezentos anos. Reconhecido no passado como um cão caçador de javali e até mesmo de urso, por centenas de anos, o Akita também foi conhecido por seu êxito como cão de rinha para lutar com outros cães, prática considerada ilegal no Japão. A devoção à raça é lendária - na estação de Shibuya, em Tóquio, há uma estátua em homenagem ao cão chamado Hachiko pelos nove anos que permaneceu, no referido lugar, em vigílias diárias à espera de seu dono que morrera.

Renomado por sua força e coragem, o Akita é afetuoso, leal e fácil de ser treinado.

 

# 04 | Basset Hound

Apesar de ser bastante tranqüilo e ter uma certa tendência a ser preguiçoso, o Basset Hound é um dos cães de caça mais úteis. Surpreendentemente ágil e ativo, é capaz de seguir lebres, coelhos e faisões pelo cheiro e de entrar nas tocas mais difíceis para encontrá-los.

A raça se originou no final do século XVI na França. Seu nome surgiu da palavra francesa bas, que significa "baixo". As características gerais da cabeça do Basset e o seu sensível sentido do olfato sugerem que a raça foi produzida a partir de uma mutação anã do Bloodhound. O Basset foi introduzido na GrãBretanha na segunda metade do século XIX, tendo um exemplar da raça aparecido na exposição de cães de Wolverhampton em 1875. O clube do Basset Hound só foi inaugurado em 1883. A rainha Alexandra, esposa de Eduardo VII, era uma entusiasta do Basset e urna freqüente expositora. Em 1909, um de seus cães ganhou na exposição do Crufts.

Embora pareçam sombrios, os Bassets são espertos, sociáveis e de ótimo temperamento. Precisam de muito exercício e se deliciam nas caminhadas no campo, onde podem vasculhar os arbustos e os bosques cerrados, o que os deixa bastante felizes. Se forem mantidos como cães sedentários, vivendo em casa, os Bassets tendem a se tornar obesos e, como conseqüência, podem desenvolver artrite.

 

# 05 | Beagle

A palavra francesa begueule, que significa "garganta aberta", provavelmente deu origem ao nome Beagle, referindo-se, talvez, ao barulho do clamor dos cães quando em matilha. Os Beagles se tornam ativos e fiéis companheiros por se sentir contentes tanto na caça quanto deitados sobre um tapete.

Estes pequenos Hounds talvez estejam ligados a um passado longínquo, datando da época dos antigos gregos. Certamente o francês normando serviu-se dos Beagles para perseguir lebres e os levou para a Inglaterra no século XI. essa época, eram animais menores, sendo às vezes carregados nas bolsas sobre as selas ou até mesmo nos bolsos dos montanheses. Uma variedade míni, denominada Beagle de bolso, foi desenvolvida a partir dos referidos animais, mas essa variedade não mais existe. O Beagle é um entre os vários cães que pertenceram a membros da realeza, como a rainha Elizabeth I, William III e George rv, que caçava com sua matilha na chapada de Sussex próximo a Brighton. O presidente americano Lyndon B. Johnson também teve um casal que atendia pelos nomes de Ele e Ela. Entretanto, o Beagle mais famoso de todos deve ser com certeza o Snoopy dos desenhos animados dos Peanuts. O clube do Beagle foi fundado em 1985 e, alguns anos mais tarde, eles foram exportados para os Estados Unidos.

Os Beagles são cães de bom temperamento, ativos, felizes, que também podem ser teimosos e precisar de um controle mais rigoroso.

 

# 06 | Bichon Frise

Companheiro dos marinheiros, o predileto da corte francesa do século XVI, um artista circense de sucesso e uma estrela dos shows caninos, o Bichon Frise tem tido uma carreira tão glamourosa quanto sugere sua extraordinária aparência.

Embora considerada uma raça de origem francesa, o Bichon Frise pode ter tido suas origens nas ilhas Canárias, de onde fora trazido para a Europa por viajantes italianos durante o século XIV. Naquela época, havia quatro variedades - o Maltais, o Bolognais, Havanais e o Tenerife -, mas a Revolução Francesa não veria apenas o declínio da aristocracia, mas também a obscuridade do pequeno cão que havia sido favorecido por ela. O Bichon Frise trocou então a vida de ouro dos palácios e castelos pelo brilho das lantejoulas do mundo circense, e, assim como o Poodle, ele foi facilmente treinado e empregado apenas como mais um cão de circo. O seu padrão foi estabelecido em 1933, quando o cão se tornou conhecido pelo atual nome, cuja tradução significa "cão de colo de pêlo encaracolado".

Um cão que ama estar em companhia das pessoas, o Bichon Frise possui espírito forte e independente.

 

# 07 | Bloodhound

Este famoso cão sabujo, da criminologia real e fictícia, é agradável, bem-educado e bastante reservado. Seu nome provavelmente deriva do seu fantástico sentido do olfato para localizar a caça, quando está sangrando, ou por pertencer a uma raça de "sangue azul" da aristocracia.

Além de estar entre as raças mais puras, esta criatura de aparência sombria é um dos sabujos mais antigos. Suas origens nos levam de volta para o século VIII, na Bélgica, na floresta de Ardennes, onde Santo Humberto, o santo padroeiro da caça, cuidava de um grupo de sabujos (sendo denominados, posteriormente, Santo Humberto). Estes cães se tornaram a raça predileta dos reis franceses, e Guilherme, o Conquistador, os levou para a Inglaterra em 1066. No decorrer dos séculos, a criação seletiva na Inglaterra transformou o Santo Humberto no Bloodhound que conhecemos hoje.

O Bloodhound é tímido, gentil e bastante solene. Após baixar o nariz, não consegue prestar atenção em nada, nem mesmo na voz de seu dono!

 

# 08 | Boiadeiro Bernês

Ele é o mais popular de todos os quatro boiadeiros suíços existentes. Criado no distrito suíço de Berna, puxava as carroças dos produtores de queijo e dos tecelões, como animal de tração.

É provável que seus ancestrais tenham vindo para a Suíça como cães de guarda com as legiões romanas, e ali foram cruzados com cães pastores da região, dando origem aos quatro boiadeiros suíços: o Boiadeiro Bernês, também conhecido por Sennenhund Bernês; o Grande Boiadeiro Suíço e os Boiadeiros de Apenzeller e de Entlebuch. o século XIX, o Boiadeiro Bernês esteve sob o risco de extinção, mas essa fatalidade foi completamente revertida, o que levou à criação do clube da raça na Suíça em 1907.

Confiantes e alegres, são também excelentes cães de companhia.

 

# 09 | Bouvier de Flandres

O Bouvier de Flandres foi um dos mais talentosos cães boiadeiros na Europa Ocidental. Nos dias de hoje, este Boiadeiro peludo é usado como cão de cegos, cão de guarda e como rastreador. Originário da fronteira franco-belga, a tradução literal de seu nome é "Boiadeiro de Flandres".

As origens do Bouvier de Flandres são incertas, mas, há cerca de 100 anos, Flandres produziu vários tipos de cão boiadeiro, tendo estes sido apresentados pela primeira vez na Exposição Internacional de Cães em Bruxelas em 1910. Entretanto, o padrão da raça não foi estabelecido até 1912. A Primeira Guerra Mundial trouxe o reconhecimento internacional da raça por sua força e coragem demonstradas nas forças armadas, muitas vezes como mensageiros e como cães de busca, encontrando soldados feridos. Sujeita à extinção quase total durante a guerra na região da Bélgica e no nordeste da França, seu habitat natural, a raça voltou ao cenário mundial em 1920 graças à dedicação de criadores flamengos. Inteligente e ativo, mas também calmo e sensível, capaz demonstrar uma coragem extrema e muita lealdade.

# 10 | Border Collie

 

 

 

 

 

 

 

 

Border collie é uma raça canina desenvolvida na Grã-Bretanha. Criada para ser de pastoreio, esta raça é relativamente recente, com pouco mais de cem anos desde que foi estabelecido o seu padrão. Apesar disso, sua origem não é precisa e a justificativa é a de que seus ancestrais já atuavam como pastores de rebanhos no século XIV. Sua aparência física considerada rústica é o resultado da preocupação com a sua função pastora, atingida ao longo de cruzamentos seletivos. Popular em seu país de origem, é considerado o cão mais inteligente do mundo, de acordo com o livro de Stanley Coren, A Inteligência dos Cães.

 

# 11 | Boxer

Dotado de uma fonte de energia inesgotável, o Boxer é uma das personalidades mais importantes do mundo canino. A raça só veio a se tornar conhecida na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial, mas, a partir de então, ganhou enorme popularidade como cão de companhia e de guarda.

Os principais ancestrais do Boxer foram dois cães alemães da família dos Mastiffs - o Bullenbeiszer e o Barenbeiszer, que eram usados nas rinhas de cães e na caça ao javali e ao veado. No século XIX, foram cruzados com outras raças, particularmente com o Bulldog para que se criasse o Boxer. Apesar de suas origens alemãs, o nome é inglês, que apropriadamente descreve o estilo de pugilista.

O Boxer está sempre pronto para trabalhar, brincar e tende a ser bastante turbulento. Mesmo em idade avançada ele continua extremamente atlético. Notoriamente corajoso e disciplinado, essas qualidades o tornam um excelente cão de guarda e ótimo cão de companhia. Ele é afetuoso, leal e se relaciona bem com crianças.

# 12 | Buldogue Americano

Bulldogs, na Inglaterra, eram cães de trabalho que, originalmente, pastoreavam o gado e guardavam a propriedade de seus donos. A força, a     coragem e a familiaridade com os rebanhos os levou à popularidade no brutal esporte de caça ao boi. Quando este esporte foi proscrito na     Inglaterra, o tipo original de Bulldog desapareceu e em seu lugar surgiu um novo tipo de cão, mais curto, mais troncudo, menos atlético que conhecemos hoje como Bulldog Inglês. O Bulldog original, entretanto, foi preservado por classes trabalhadoras de imigrantes     que trouxeram seus cães de trabalho para o Sul da América do Norte. Pequenos fazendeiros e rancheiros usaram este cão de trabalho polivalente     para muitas tarefas. Ao fim da 2ª Guerra Mundial, entretanto a raça quase se extinguiu. O Sr. John D. Johnson, um veterano de Guerra, decidiu reerguer esta raça. Junto com Alan Scott e muitos outros criadores, Johnson começou, cuidadosamente, a criar Bulldogs, mantendo registros cuidadosos, semprecom a atenção voltada para a manutenção da saúde animal e suas habilidades para o     trabalho. Por causa dos muitos tipos de trabalhos praticados pela raça, muitas linhas distintas estiveram envolvidas, cada uma delas enfatizando os raços exigidos para a execução de um trabalho específico. As linhas mais conhecidas são referidas como as dos     tipos Johnson e Scott. Os cães Johnson são mais maciços, com cabeças maiores, mais largas e focinhos mais curtos com uma mordedura prognata inferior definida. Os cães do tipo Scott eram algo mais leves em musculatura e ossos do que as do tipo Johnson, com uma cabeça menos semelhante aos Mastiffs. Hoje em dia, contudo, a maioria dos Bulldogs Americanos tem cruzamento entre as duas ou mais destas     linhas e não são mais facilmente distingüíveis. O Bulldog Americano moderno continua a servir como um cão para todos os fins; um cão de guarda destemido e firme; e uma companhia leal para a família.

# 13 | Buldogue Francês

O buldogue francês (em francês: Bouledogue Français) ou bulldog é um cão de companhia de pequeno porte oriundo da França. Sua história está ligada a marginalização britânica que sofreu durante o século XIX. Naquela época o buldogue existia em apenas um tamanho na Grã-Bretanha, já que os exemplares nascidos menores eram rejeitados. Levados à França, estes pequenos encontraram maior liberdade para se desenvolverem. Foram criados primeiramente para caçarem ratos, mas após figurarem em pinturas de DegasToulouse-Lautrec, tornaram-se populares inclusive na Inglaterra. De personalidade dita entusiástica e travessa, tornou-se um canino da moda, bem como o principal companheiro de cocheiros e açogueiros.

Fisicamente pode atingir os 31 cm e pesar 12,5 kg. Sua pelagem é bastante curta, grossa e de aspecto brilhante, podendo ainda presentar-se em quatro diferentes cores: fulvo, malhado, vermelho tigrado e preto tigrado. Entre seus principais problemas de saúde estão os oculares e respiratórios (braquicefalia), que o tornam um cão de cuidados caros; e o superaquecimento, sendo então recomendada atenção especial para água.

  

# 14 | Bracco Italiano

Indiscutivelmente uma das racas de caça mais antigas da Europa, o Bracco Italiano - ou Sabujo Italiano - é um cão atlético, amante de lugares abertos e amplos e do contato com a natureza.

Os registros da História marcam a presença do Bracco Italiano desde o século V a.c. Desenvolvido naquele período, pelo cruzamento de Mastiffs originários da Mesopotâmia (atual Iraque) com cães mais leves, os ágeis sabujos de corrida e caça egípcios devem ser a linhagem da qual o Pointer espanhol e todos os outros Pointers da Europa provavelmente derivam (ver págs. 56-57). Inicialmente, o Bracco Italiano conviveu com caçadores medievais e falcoeiros para, posteriormente, tornar-se um cão de aponte por excelência.

Sensível, quase a ponto de ser excessivamente sério, o Bracco é ponderado mas muito amigável. Em virtude de não ser, por natureza, um cão dos grandes centros, ele precisa de espaços amplos e abertos, exercícios e, principalmente, devido as suas longas e enrugadas orelhas, de bastante carinho, afeto e atenção da parte de seus donos.

 

# 15 | Bull Terrier

Apesar da aparência intimidadora e da cara de mau, o Buli Terrier é muito bom com as pessoas e gentil especialmente com as crianças. No entanto precisa de um pulso firme pelo fato de ser extremamente forte e poder ser perigoso com outros cães.

No século XVII, Bulidogs (ver págs. 122-123) foram cruzados com cães do tipo terrier para que se criassem cães de luta, o "Buli e o Terrier". O sangue de terriers e Whippets (ver págs. 52-53) foi incorporado à linhagem dos Bulldogs para dar-lhes agilidade e rapidez. Em meados de 1860, [ames Hinks, um vendedor de cães de Birmingham, refinou a raça ao adicionar-lhe características do Terrier branco inglês, possivelmente de Dálmatas (ver págs. 126-127) e de Pointers espanhóis, o que produziu um cão branco, bem musculoso, com cabeça de linhas suaves e pernas mais curtas que as de seus antepassados. Na década de 1920, para evitar uma tendência genética à surdez, associada a todas as raças de pelagem completamente branca, outras cores foram associadas à pelagem do cão.

Embora receba estranhos com desconfiança e agrida outros cães com ferocidade, pode se tornar animal de estimação devotado se tratado com atenção e exercícios físicos.

 

# 16 | Bulldog Inglês

Apesar da aparência terrível, de quem impõe medo, o Bulldog é uma criatura gentil, afetuosa e leal. Essas qualidades, aliadas à sua coragem e obstinação, levaram os ingleses a adotá-lo como o cão nacional, bem como a preservar a raça mesmo após a proibição das rinhas de cães (bull-baiting).

A prática que consistia em atiçar os cães para atacar os touros, para fins de entretenimento público, tinha se estabelecido na Inglaterra havia mais de 600 anos antes de ser finalmente declarada ilegal em 1835. Até meados do século XVII, os cães usados nesse esporte haviam sido denominados Bulldogs, tinham pernas maiores e eram certamente mais agressivos que a raça que conhecemos na atualidade. É provável que essa característica venha a refletir a linhagem do Bulldog pelo fato de terem sido provavelmente derivados de um cão do tipo Mastiff introduzido na Grã-Bretanha pelos fenícios no século VI a.C.

O Bulldog de hoje, bem diferente de seus antepassados, é um animal afetuoso, confiável e gentil, especialmente com as crianças, porém reconhecido por sua coragem e por ser excelente cão de guarda.

# 17 | Bullmastiff

Um cão intrigante, o Bullmastiff foi desenvolvido na Inglaterra, no século XIX, pelo cruzamento do Bulldog com o Mastiff, para que fossem combinadas suas qualidades. Atualmente usado como cão de guarda pelas forças policiais e militares, ele é também um amável cão de companhia.

Na Inglaterra do século XIX, o Bullmastiff era considerado o protetor e companheiro ideal do guarda-caça, aquele que vigiava as propriedades contra caçadores e pescadores intrusos. 0 Bullmastiff combinava a coragem e a ferocidade do Bulldog com a força, a velocidade e sentido do olfato do Mastiff. A raça tornou-se conhecida como "O Cão Noturno do Guarda-Caça", e atacaria sob o comando da voz, derrubando e imobilizando o invasor sem o machucar, caso fosse necessário.

Reconhecido no passado por sua agressividade, o Bullmastiff é uma raça ativa e inteligente, de natureza calma, leal e afetuosa.

# 18 | Chihuahua

O menor entre os menores do grupo, o Chihuahua tem uma popularidade tão grande que chega a ser desproporcional a seu próprio tamanho. Um cãozinho maravilhoso que combina a alegria e o enorme apelo visual com os instintos de caçador e de proteção de um cão bem maior.

Até 1898, quando foi exportado para os Estados Unidos pelo México, a história dos Chihuahuas baseava-se em conjecturas. Seria o Chihuahua uma raça da América do Sul, verdadeiramente indígena, descendente de cães considerados sagrados primeiro pelos incas e depois pelos astecas? Ele foi introduzido no Mundo Novo pelos conquistadores? Ou veio da China em épocas recentes? Diante de tantas probabilidades, a raça não é somente o produto de apenas um tipo de cão, mas de muitos tipos antigos e relativamente modernos.

Sem se deixar intimidar por outros cães, independente do porte que o seu opositor possa ter, o Chihuahua é muito meticuloso quanto à companhia de outros cães, preferindo os de sua própria raça.

# 19 | Chow Chow

O Chow Chow é um cão exótico duas características anatomicas únicas - a boca e a língua na cor violeta escura e um andar pomposo, cheio de estilo, que se explica pela ausência de angulação dos membros posteriores.

Também conhecido como Cão Tártaro, Cão dos Bárbaros e Spitz Chinês, o Chow Chow provavelmente se originou na Mongólia, tendo sido considerado nos primórdios da história o guardião dos templos contra as influências dos espíritos malignos. Posteriormente, após sua introdução na China, tornou-se bem mais um cão de guarda contra invasores do que contra as forças do mal, além de um cão de caça de imperadores e aristocratas. Mais tarde, a raça tornou-se infelizmente uma fonte de alimento pelo fato de sua carne ser considerada uma iguaria fina em muitas partes da Ásia, assim como a pele que servia como vestuário. A pelagem do Chow Chow pode ser áspera ou macia. Entretanto, a pelagem áspera é mais comum e apresenta uma juba bem definida em volta do pescoço e na parte de trás das coxas (culotes). No geral, apresenta pêlos abundantes, espessos e densos, que sobressaem no corpo.

Bastante independente e de natureza calma, o que muitas vezes contrasta com suas características de lealdade e afeição que demonstra ao seu dono.

 

# 20 | Cocker Spaniel

Este excelente cão de aponte afugenta galinhas, faisões e perdizes, recolhendo-os tanto da terra quanto da água. Entretanto, atualmente, o Cocker Spaniel talvez seja bem mais conhecido como um cão de concursos e exposições, tendo ganho mais no Crufts do que qualquer outra raça.

Conforme o nome sugere, a família dos Spaniels pode ter seu início na Espanha do século XIV. Em meados de 1600, muitos tipos de Spaniel eram usados como cães de aponte na Europa ocidental, e, por volta do século XVIII, dois membros dessa família deixaram suas marcas na Grã-Bretanha: o Springer Spaniel e o Cocker Spaniel. A raça que conhecemos hoje foi definitivamente estabelecida no final do século XIX.

o Cocker Spaniel é um cão muito ativo, brincalhão, inteligente, mas que às vezes também pode ser bastante voluntarioso. Sua natureza entusiástica é demonstrada pela cauda que abana freneticamente na maioria das vezes em que está animado ou a trabalho no campo.

# 21 | Cocker Spaniel Americano

Embora seja hoje um cão de concursos e exposições, o Cocker Spaniel Americano tem um passado como caçador, como demonstra sua natureza inteligente e ativa. O nome cocker provém da palavra inglesa woodcocker, que significa "o que caça a galinha-dangola".

Os Cockers Spaniels Ingleses (ver págs. 66-67) foram introduzidos na América na década de 1880, bem antes, portanto, de uma nova raça distinta ser desenvolvida para atender às necessidades de esportistas americanos. Em meados de 1930, esses dois tipos de cão foram distinguidos de modo significativo e na década de 1940 oficialmente reconhecidos como duas raças distintas.

Um cão corajoso, esperto, inteligente e devotado ao trabalho, o Cocker Spaniel Americano é igualmente ideal para uma vida como cão de aponte ou como um animal de estimação.

# 22 | Collie de Pêlo Longo

O Collie de Pêlo Longo viveu no anonimato por longos séculos fora da Escócia, mas é hoje considerado uma das raças mais populares no mundo. Descendente de muitas gerações de excelentes cães de pastoreio, o Collie é uma criatura dócil e de grande inteligência.

Os Collies de Pêlo Longo são originários da Escócia, e seu nome foi provavelmente tirado de uma variedade de ovelhas escocesas de máscara e cauda pretas, denominada ovelha colley. Assim como muitos cães ingleses, o Collie deve sua popularidade à Rainha Vitória, que se encantou com esses maravilhosos animais, na década de 1860. Na década de 1940 a raça alcançou grande projeção ao ser escolhida para representar Lassie em um dos mais apreciados seriados de cinema da época, baseado no conto de Erick Knight, "A Volta de Lassie" (Lassie Come Home).

Equilibrado, ativo e amante do ar livre, amável com estranhos e extremamente afetuoso com seus donos e com a família com quem vive.

# 23 | Dachshunds

Apesar de ser conhecido como o levado "cão salsicha", o Dachshund é uma criatura destemida e corajosa, além de ser um excelente corredor. A palavra Dachshund em alemão significa "cão texugo". Embora tenha um ótimo nariz, parece ser mais um Terrier do que um sabujo, feliz por ter de entrar nas tocas para caçar coelhos, raposas e texugos.

Cães de corpos longos e pernas curtas estão descritos nas paredes dos templos do antigo Egito. Estátuas de cães semelhantes em pedra e argila foram encontradas, como prova de sua antiga presença, no México, Grécia, Peru e China. Existem seis raças distintas de Dachshunds: pêlo liso, pêlo longo, pêlo duro, padrão e os tamanhos em miniatura. As características básicas das seis raças são as mesmas, diferindo apenas em tamanho e tipos de pelagem. As primeiras miniaturas de cães teckels foram obtidas pelo cruzamento entre Terriers e Pinschers com os Dachshunds mais leves e menores.

Todos os Dachshunds são ativos e inteligentes, mas, às vezes, são um pouco encrenqueiros.

# 24 | Dálmata

Com sua pelagem de fundo branco, cheia de manchas em forma de moedas pretas que lhe dão um maravilhoso efeito decorativo, o Dálmata é uma das raças mais elegantes e que desperta admiração. Na Europa do século XIX e, em particular, na Grã-Bretanha, ele trotava lado a lado com as carruagens supostamente para proteger os passageiros dos saqueadores das estradas.

Embora o Dálmata sempre tenha sido considerado um cão inglês, sua história permanece como tema de muitos debates. Alguns afirmam que sua história se iniciou no norte da Índia e que a raça chegou à Europa por meio das viagens nas caravanas dos ciganos na Idade Média, via Dalmácia e Iugoslávia, de onde surgiu o seu nome. Outros, entretanto, declaram que sua origem poderia vir do Egito ou da Grécia. Também é conhecido como o cão do corpo de bombeiros nos Estados Unidos, pelo fato de ter sido usado, em 1800, para puxar e colocar em ordem os carros de bombeiros junto com os cavalos. Exceto pelas manchas, o Dálmata assemelha-se ao Pointer, estando provavelmente relacionados.

Ativo, extrovertido, inteligente, amigo e favorito das crianças, o Dálmata aprecia exercícios regulares por ter muita energia.

# 25 | Dobermann

Apesar da popularidade atual, o Dobermann só existe como raça há pouco mais de 100 anos. Um animal excepcionalmente forte, seu principal papel é o cão de guarda, podendo ser treinado para trabalhar como farejador, buscar e trazer a caça como um cão de pastoreio.

Entre os anos de 1865 e 1870, um fiscal de impostos alemão, de nome Louis Dobermann, empenhou-se em criar o cão de guarda perfeito pelo cruzamento de uma variedade de raças. Sua fórmula exata permanece em segredo até os dias de hoje, mas provavelmente envolvia cães de pastoreio locais, o Rottweiler, o Pinscher, o Manchester Terrier e talvez até mesmo o Greyhound. Os Dobermanns foram reconhecidos oficialmente pelo Clube Kennel Alemão em 1900. Posteriormente, na Primeira Guerra Mundial, serviram ao exército alemão como cães de guarda e de patrulha, e têm, a partir de então, sido úteis a corpo rações policiais em todo o mundo.

Ele é por natureza um cão de guarda inteligente, fácil de adestrar, forte e agressivo quando necessário. Por isso, precisa de um controle firme, mas, mesmo assim, pode se tornar um companheiro leal e afetuoso.

# 26 | Dogue Alemão

 

Um dos gigantes mais gentis do mundo canino, o Dogue Alemão possui uma enorme força e uma natureza gentil e carinhosa. Embora seu nome de origem (Great Dane) sugira raízes dinamarquesas, a raça foi desenvolvida na Alemanha, onde é conhecida como Deutsche Dogge ou Mastiff Alemão.

Cães semelhantes aos grandes mastiffs foram representados nos artefatos de muitas civilizações. Uma das hipóteses é que os fenícios poderiam ter introduzido esses animais nos países do Mediterrâneo, ou as legiões romanas os trouxeram diretamente para a Alemanha. Ele não é apenas um símbolo da condição social durante a Idade Média, em que teria vivido nas residências dos nobres e da realeza pela Europa afora, como também demonstrou sua verdadeira índole ao caçar javalis, veados e lobos.

o Dogue Alemão é muito afetuoso, gentil e de grande lealdade. Para desenvolver suas habilidades como um cão de guarda, é necessário um treinamento desde o início.

# 27 | Fila Brasileiro

 

O fila é uma raça tipicamente molossóide, com ossatura forte e figura retangular e de grande porte. Desenvolvido no Brasil, é usado com freqüência como cão de guarda e de proteção.

A origem histórica do Fila Brasileiro é desconhecida. Autores diversos especulam sobre vários tipos de cruzamento possíveis para a formação da raça (do Mastiff ao Bloodhound, passando por hipóteses de que o cão seria o cruzamento de cães indígenas, selvagens e outros exemplares trazidos por emopeus para o Brasil). Ainda assim, permanecemos no campo da especulação. Contudo, mais importante do que a origem desse "mestiço" puramente brasileiro é a definição de padrão para a raça, que começou, ainda tímida, na década de 1940 e teve sua última atualização em 1983. Hoje, com o controle de plantéis e cruzamentos, o Fila Brasileiro recebe status de cão tipicamente nacional e ganha a cada dia com a estabilização dos padrões da raça.

Um cão com coragem, determinação e valentia notáveis. Não se dá muito bem com estranhos, mas para com os de casa é dócil, obediente e extremamente cordial. É um guarda fiel da propriedade e também serve bem para a lida com gado e para caça de animais de grande porte.

# 28 | Fox Terriers

Estes são os clássicos terriers ingleses, cheios de energia, fortes e brigões. Especialistas divergem sobre qual das raças é a mais antiga, se a dos terriers de pêlo duro ou a dos terriers de pêlo liso, mas ambos possuem as mesmas características, exceto pela textura da pelagem.

o Fox Terrier de pêlo duro foi originalmente desenvolvido para a caça da raposa no início do século XIX. Ele leva o sangue de vários terriers, incluindo o do Terrier preto e castanho de pêlo áspero, enquanto as variedades de pelagens mais sedosas descendem dos Terriers preto e castanho de pelagem lisa com uma mistura do sangue dos Beagles, do Bulldog e do Greyhound . Tanto o Fox Terrier de pêlo liso quanto o de pêlo duro foram exportados da Inglaterra para todo o mundo, e sua popularidade relativamente tem sido oscilante no decorrer dos anos. O Fox Terrier de pêlo duro ultrapassou o seu rival, alcançando seu pico de popularidade em 1920.

Como um cão de companhia, o Fox Terrier é afetuoso e protetor, mas precisa de um manejo firme para que seu instinto de caçador seja devidamente domado.

# 29 | Foxhound

Ao descrever o Foxhound, quem poderia ser mais poético do que Shakespeare? Em Sonhos de uma Noite de Verão ele escreve: "Meus sabujos são de uma linhagem espartana, de um castanho bem claro, na cor da areia; partem de suas cabeças orelhas que varrem o orvalho da madrugada; de cotovelos tão redobrados como os bulbos da Tessália; lentos na corrida, mas de bocas grandes como o sino".

A história do Foxhound nos remete ao século XlII, quando a caça organizada à raposa tornou-se oficial na Inglaterra. Parece provável que em sua linhagem encontram-se o agora extinto Santo Humberto (um ancestral do Bloodhound) e o Talbot Hound, junto com o terrier, Bulldog e o sangue Greyhound. Na década de 1770, George Washington desempenhou um papel importante na criação de uma raça americana distinta de Foxhounds ao introduzir sabujos franceses em seu grupo de Foxhounds ingleses. Posteriormente, cruzamentos com sabujos irlandeses e ingleses gradualmente refinaram a raça para que se produzisse um tipo americano mais rápido.

Os Foxhounds são amigos, ativos, fortu.itos e confiantes, mas também podem se tornar teimosos e desobedientes. Eles requerem um treinamento voltado à obediência e um manejo firme. Não se recomenda o Foxhound como um cão para a família e mu.ito menos para viver em grandes centros urbanos.

# 30 | Golden Retriever

O Golden Retriever, um cão corajoso e trabalhador, foi desenvolvido para a caça de aves aquáticas, fato que explica a razão de estarem sempre prontos para nadar em qualquer estação climática. Atualmente, são cães bem afeitos ao convívio familiar, além de continuarem os favoritos dos cacadores.

As origens do Golden Retriever ainda são controvertidas, porém a raça deve muito aos esforços de Lorde Tweedmouth na metade do século XIX, que incorporou os genes do Retriever de pêlo liso (ver pág. 61), do Blooclhound (ver págs. 32-33) e do Spaniel dÁgua a um misterioso cão denominado rastreador russo. O resultado obtido foi um cão com a habilidade instintiva dos Retrievers de buscar e trazer a caça, além de um olfato preciso em relação às suas aptidões como rastreador. Ele foi reconhecido pelo Clube Kennel do Reino Unido em 1913.

O Golden Retriever é um cão de natureza gentil, independente e com um senso de lealdade bem desenvolvido. Extremamente paciente com as crianças, ele é também o cão ideal para a família, desde que esteja sujeito a exercícios regulares.

# 31 Greyhound

Uma das raças mais antigas, os Greyhounds são cães que têm o corpo em forma de arco e, na caça, usam mais a visão que o faro, por isso são também denominados "Galgos da visão". O nome "Greyhound" nada tem a ver com a cor, sendo proveniente da palavra grei, que significa "refinado" ou "belo" em saxão antigo.

A raça provavelmente teve origem no Oriente Médio, e supõe-se que tenha chegado à Europa com os primeiros navios do comércio fenício. O Greyhound em sua versão em miniatura, o Greyhound italiano, tornou-se mais popular na Europa durante os primórdios da Idade Média, quando era o favorito da realeza. De fato, ele é um dos cães heráldicos mais comuns encontrados nos brasões de armas de Carlos V da França e Henrique VIII da Inglaterra. Por causa de sua grande força de aceleração (chegam a alcançar 65 krn/h), os Greyhounds foram bem-sucedidos como caçadores de pequenas presas como a lebre.

Os Greyhounds são sensíveis, amáveis, bem comportados e, em particular, carinhosos com as crianças.

# 32 | Husky Siberiano

Literalmente, esta é a única raça que deveria se chamar husky, embora o termo seja usado para denominar muitos cães de trenós. O Husky Siberiano é dono de uma bela aparência, excelente temperamento e muita energia.

o Husky Siberiano foi desenvolvido pela tribo Chukchi, um dos grupos nômades aparentados dos esquimós no oeste da Sibéria, para puxar trenós, arrebanhar a rena e para servir de cão de guarda. Logo se descobriu que eram perfeitos para as condições climáticas inóspitas da Sibéria - fortes, capazes de se integrar em pequenas matilhas e resistir a muitas horas de trabalho. Os Huskys permaneceram isolados na Sibéria por centenas de anos, até que comerciantes de peles os levaram para a América do Norte no início do século XX, não demorando muito para que se tornassem campeões nas competições de corridas de trenós. Atualmente, além de exercer todas essas atividades, o Husky é um cão muito popular como animal de companhia.

É extremamente amigo - dócil, mas alerta -, e está sempre pronto para o trabalho.

# 33 | Jack Russell Terrier

O apelo essencial deste exuberante animal é a sua personalidade cheia de inteligência, entusiasmo e tenacidade. A maioria dos clubes de cães do mundo se recusa a aceitar o Jack Russell como uma raça oficial, mas alguns aficionados aprovam o fato de que suas excelentes e práticas qualidades não foram sacrificadas em benefício dos circuitos de exposições e concursos caninos. O único cão a ter visitado o Pólo Norte e o Pólo Sul foi um Jack Russell Terrier.

O reverendo Jack Russell, da cidade de Devon, estabeleceu a raça no início do século XIX e também deu a ela o seu nome. O reverendo era um entusiasmado caçador de raposa e precisava de um cão mais ativo, com um espírito de luta aguçado o bastante para poder acompanhar os Hounds e ter a coragem necessária para encarar uma caça nas tocas e embaixo da terra. Quando o Jack Russell não está em perseguição à raposa, geralmente fica bastante feliz em poder agir como um especialista em exterminar pequenos animais predadores.

O Jack Russell Terrier é brincalhão, leal e pode ser um ótimo cão de guarda.

# 34 | Labrador Retriever

O mais popular de todos os Retrievers, o Labrador tornou-se reconhecido por sua versatilidade, pois é considerado eficiente tanto como cão policial e guia de cegos quanto excelente cão de aponte fora e dentro da água, além de ser animal de estimação bastante confiável.

Esta raça teve origem na costa da ilha de Terra Nova (pertencente à província hoje denominada Terra Nova e Labrador, no Canadá), onde eram treinados para trazer as redes de pesca atravessando águas congeladas. No século XlX, os pescadores de Terra Nova vieram para as terras do oeste inglês a fim de comercializarem peixes, e alguns foram persuadidos a vender seus cães também. A raça logo se tornou um sucesso como cão de aponte, tendo sido reconhecida pelo Clube Kennel Inglês em 1903. A raça foi denominada Labrador pela primeira vez pelo Conde de Malmesbury em 1887.

O labrador é gentil, equilibrado, leal e inteligente, além de ser excepcionalmente confiável em sua relação com as crianças e um excelente guarda. A raça é mais apropriada para uma vida no campo do que na cidade grande.

# 35 | Lhasa Apso

Antes do século XX, este cão raramente era visto fora de sua terra natal. As origens exatas de seu nome permanecem obscuras - Lhasa foi provavelmente tirada da capital do Tibete, mas Apso poderia ter derivado das palavras tibetanas abso seng kye, que significa "cão sentinela que late", ou rapso, que significa "cabra", provavelmente uma alusão à longa e dura pelagem da raça.

Este cão foi criado, durante pelo menos 2 mil anos, apenas no Tibete por monges e nobres, usado como um cão de guarda em templos e monastérios e considerado como um cão sagrado, pois se acreditava que, quando o dono morria, seu espírito entrava no corpo do Lhasa Apso. Felizmente esses preciosos cães se espalharam para outras partes do rnundo, principalmente por causa do Dalai Lama, o líder do Tibete que os presenteava aos diplomatas estrangeiros visitantes. A raça foi vista pela primeira vez na Grã-Bretanha em meados da década de 1920, tendo sido posteriormente introduzida nos Estados Unidos na década seguinte.

Forte, inteligente e amigo, pode se tornar um excelente cão de estimação, mas é instintivamente reservado com estranhos.

# 36 | Malamute do Alasca

Esta raça extremamente forte da família dos Spitz é uma das mais antigas entre os cães de trenós. Mais forte que o Husky Siberiano, não puxava apenas cargas pesadas, mas também transportava pesadas mochilas por longas distâncias.

o nome derivou provavelmente da tribo dos Mahlemuts, uma das tribos esquimós que habitam as regiões árticas. Estas belas criaturas possuem surpreendente força e resistência. Antes dos veículos apropriados para a neve, cães robustos eram necessários para as longas jornadas em direção ao extremo norte, e, desse modo, por terem um meio de locomoção tão eficiente, a tribo dos Mahlemuts era muito invejada pelas outras tribos. O Malamute do Alasca já esteve próximo à extinção, contra a qual os Estados Unidos, em 1926, tomaram as devidas providências.

Leal, excelente trabalhador e cão de guarda, sem mencionar suas qualidades como um afetuoso animal de companhia.

# 37 | Maltês

Issa, a cadelinha maltesa de Publius, governador romano de Malta no século I d.C., recebeu um dos mais poéticos tributos que um cão poderia receber de seu dono: "Issa é mais brincalhona que o pardal da Catulla. Issa é mais pura que o beijo de uma pomba. Issa é mais gentil que uma donzela. Issa é mais preciosa que as gemas da Índia".

Os malteses podem ter se originado de Malta ou da cidade siciliana de Melita. Eles são uma das raças mais antigas: estátuas de cães similares têm sido encontradas nos túmulos egípcios do século XIII a.c., e a raça pode ter chegado à Grã-Bretanha trazida com as legiões romanas por volta de 55 a.C.

Amável, leal e corajoso, o Maltês é um cão de companhia de primeira classe, mas também um cão de guarda eficiente.

# 38 | Mastiff

O Mastiff é umas das raças mais antigas, que, apesar de um passado de guerras, é hoje um entre os dóceis gigantes caninos. Embora ainda seja útil como cão de guarda, ele é simplesmente um afetuoso membro da família!

Cães semelhantes aos Mastiffs estão representados nos artefatos egípcios que datam de 3000 a.C., mas a raça deve ter sido introduzida na Grã-Bretanha pelos comerciantes fenícios ou pelos invasores anglo-saxões. É certo que os Mastiffs acompanharam os celtas nativos quando Júlio César invadiu a Grã-Bretanha em 55 a.C., tendo sido usados como cães de guerra até o século XVII. Entre outras utilidades no passado, ele participou na caça ao urso, ao lobo, além de ter lutado nas rinhas com outros cães e com o urso.

Embora sejam bem equilibrados, gentis e leais, eles mantêm a característica de cão de guarda, e, assim, seu manejo deve ser firme.

# 39 | Old English Sheepdog (Bobtail)

Uma das raças de cães de pastoreio mais antigas, este é hoje um cão de estimação muito querido. Com seu jeito de andar rebolando, a pelagem abundante e emaranhada, ele é facilmente confundido com um urso.

A raça foi desenvolvida na região oeste da Inglaterra por fazendeiros que precisavam de um condutor de rebanho ágil e um bom pastor de ovelhas. Entre seus ancestrais encontram-se o Collie Barbudo e uma variedade de cães de pastoreio europeus. Foi apresentado pela primeira vez em uma demonstração canina britânica em 1873.

Conhecido no passado como agressivo e pouco confiável, hoje tais características desapareceram e, embora ainda capaz de trabalhar como um cão de guarda, ele é amigo, fiel e equilibrado, com um jeito inteligente e tempestuoso de ser. A raça é excepcionalmente boa e popular entre as crianças.

# 40 | Pastor Alemão

Conhecido como Pastor alsaciano, o Pastor Alemão é um dos cães de trabalho mais versáteis: usado em todo o mundo por forças policiais e forças armadas como um cão de guarda e farejador; por deficientes visuais, como um cão-guia e por fazendeiros, como um cão pastor. Entre suas inúmeras qualidades como animal de estimação, ele não oferece apenas proteção pessoal, mas também é um grande companheiro.

A raça foi estabelecida na Alemanha na década de 1880, embora ainda seja bastante discutida a questão relacionada aos seus ancestrais. O Pastor Alemão foi inicialmente um cão de fazenda. Ao demonstrar, porém, sua versatilidade no exército alemão durante a Primeira Guerra Mundial, foi logo introduzido nos Estados Unidos e na Comunidade Britânica pelos soldados das Forças Aliadas. A partir de então, o Pastor Alemão atingiu enorme popularidade, graças à ajuda daqueles personagens que sempre roubavam a cena, como Rin Tin Tin, na década de 1920, e o famoso companheiro de Roy Rogers, o seu cachorro Bullet, na década de 1950.

Extremamente inteligente e geralmente confiável. Dependendo do treinamento correto, desde o início poderá se tornar um companheiro leal e obediente.

# 41 | Pastor Belga

Como o nome indica, até o século XX o Pastor Belga servia na guarda de rebanhos nas regiões da Bélgica. Atualmente, o principal papel da raça é trabalhar como cães de guarda para a polícia, para o exército e até mesmo para os donos de bares, além de poderem se tornar excelentes e afetuosos cães de estimação.

Muitas raças, ligadas aos cães de pastoreio existiram na Bélgica no final do século XIX, mas, como as tarefas relacionadas ao pastoreio tornaram-se cada vez mais desnecessárias, os criadores refinaram esses cães para produzir um tipo básico com quatro cores e variedades de pelagem. Em muitos países esses cães são aceitos como formas diferentes da mesma raça: Pastor Belga Groenendael, também conhecido como Pastor Belga, Pastor Belga Tervuren, Pastor Belga Malinois, além do Pastor Belga Laekenois.

São animais ativos, inteligentes e muito observadores. Embora primariamente sejam cães mais do ar livre, podem se adaptar facilmente à vida em família, desde que se exercitem regularmente.

# 42 | Pastor de Shetland

Cão com um físico bem proporcionado, o pastor de Shetland ou Sheltie é facilmente confundido mom o Collie de Pêlo Longo. Além de ser criado como um cão de pastoreio, o Pastor de Shetland é um excelente animal de companhia e um ótimo cão de guarda.

Por muitos séculos estes pequenos cães foram usados para reunir e guardar o rebanho nas ilhas de Shetland, na costa escocesa, onde o terreno é difícil e árduo, e os animais têm estatura pequena. Acredita-se que seus ancestrais sejam o Collie de Pêlo Longo ou o Yakki Icelandic, trazidos pelos baleeiros. O refinamento da raça deuse principalmente no século XX, após a exportação dos Shelties para o continente escocês e para outros lugares.

De incrível inteligência e potencial de treinamento, o Sheltie reteve muitas características de seus antepassados, os cães de trabalho. Pode ser muito leal e afetuoso com seu dono e desconfiado com estranhos, o que o qualifica como um ótimo cão de guarda.

# 43 | Pincher Miniatura

Este pequeno cão ativo e robusto, com a característica peculiar de andar dando passos altos, ganhou ampla popularidade nos Estados Unidos nos últimos anos, mas era praticamente um desconhecido fora da Alemanha antes de 1900. Embora pareça uma versão em miniatura do Dobermann (ver págs. 154-155), não existem entre as duas raças vínculos genéticos.

O pequeno Pinscher (palavra que significa "terrier" em alemão) existiu na Alemanha e na Escandinávia por muitos séculos, antes de os Pinschers Miniatura emergirem como uma raça distinta. Em 1895, foi formado o Clube Alemão do Pinscher, e o Pinscher Miniatura foi oficialmente reconhecido. A popularidade deste cão aumentou na década de 1920, após ter sido exportado para os Estados Unidos, e, em 1929, o Clube Americano do Pinscher Miniatura foi fundado. Apenas seis anos mais tarde um exemplar americano da raça ganhou como o melhor no grupo dos toys no concurso de Chicago.

Alerta, inteligente, leal, embora seja considerada de pequeno porte, a raça é muito corajosa. O Pinscher é um ótimo cão de guarda e de companhia, tendo ainda entre seus atributos as excelentes qualidades como cão rateiro.

# 44 | Pointers

Os Pointers figuram entre os mais antigos cães de aponte, usados por muitos séculos para apontar a caça ao caçador. Os vários tipos têm diferentes características, porém a mais comum entre eles é a postura clássica de apontarem a caça com a cauda, a pata dianteira levantada e a cabeça estendida em direção à presa.

Os primeiros Pointers, assim como as codornas e as perdizes, participavam da caça aos pássaros com o uso de redes. No início do século XVIII, atirar em pássaros com arma de caça tornou-se prática constante, e, assim, o Pointer espanhol logo entrou na Inglaterra. Ele era um cão pesado e lento que mantinha o focinho no chão. Para melhorar a velocidade e o olfat), foi cruzado com o Greyhound e com o Foxhound Inglês. O resultado desses cruzamentos foi o Pointer inglês, que a partir de então foi introduzido em todo o mundo e hoje é conhecido simplesmente como Pointer. Um outro tipo de Pointer foi desenvolvido na Alemanha, no século XVII, pelo cruzamento entre uma linhagem de sabujos alemães com os Pointers espanhóis e os Bloodhounds. Ele era um cão mais forte do que o atual Pointer alemão de pêlo curto, que apareceu no século XIX quando o sangue de Pointers Ingleses foi incorporado à raça.

# 45 | Poodle

Talvez seja uma pena que este cão tenha sido mais admirado pela maneira como sua pelagem é cuidada para exposições e concursos do que por sua excepcional inteligência e seu passado de caçador. Mesmo assim, os Poodles se tornaram uma das raças mais amadas do mundo.

Embora já se conheça o Poodle na Europa Ocidental por pelo menos 400 anos, suas origens são incertas. Muito versátil, ele pode interagir em vários lugares e ambientes, como no campo, em que os poodles franceses eram usados para buscar e trazer as aves abatidas durante a caça, geralmente caídas na água (Caniche, o nome francês para o Poodle, deriva da palavra canard, que significa "pato"); como também no circo, em que a combinação da aparência elegante com sua natureza voltada para o show e o entretenimento fazia com que os Poodles sacudissem as platéias. Existem três variedades de Poodles: o Gigante, o Médio e o Toy, diferindo apenas em tamanho.

Ativos e equilibrados, os Poodles são inteligentes, amigos e extremamente leais.

# 46 | Rhodesian Ridgeback

Embora seja surpreendente, a terra natal deste sabujo bem proporcionado é a África do Sul e não a Rodésia (hoje Zimbábue). O termo ridgeback ("crista dorsal") refere-se à sua única característica - a nítida linha em formato de crista ao longo de seu dorso, formada pelo pêlo que cresce no sentido inverso do restante.

Nos séculos XVI e XVII, colonizadores europeus levaram raças como Bloodhounds, Mastiffs e vários Terriers para a África do Sul. Esses cães, posteriormente, foram cruzados com raças locais, como o cão de caça africano meio selvagem, o Hottentot, para criar a raça que conhecemos hoje. Os Rhodesian Ridgebacks são excelentes cães de caça e, por terem muita energia, conseguem ficar sem água por mais de 24 horas, o que lhes proporciona as condições necessárias para suportar as extremas mudanças de temperatura da savana africana. Quando reunidos, trabalham na caça ao leopardo, ao búfalo, ao antílope, podendo também perseguir o leão com tanto sucesso que hoje a raça passou também a ser conhecida como Cão Leão da Rodésia.

O Rhodesian Ridgeback é um cão amigo e de personalidade bastante sagaz, o que o torna um animal de estimação bastante popular. Embora seja um formidável lutador quando instigado, ele tem essencialmente um temperamento tranqüilo e raramente late.

# 47 | Rottweiler

Um dos mais fortes e robustos, em virtude de seu porte, o Rottweiler é um antigo cão de pastoreio, inteligente e companheiro. Atualmente ele é muito valorizado como cão de guarda e de polícia, mas também pode ser um ótimo cão de companhia.

Quando as legiões romanas se retiraram do sul da Europa, deixaram seus enormes cães do tipo Mastiff, também chamados naquela época de cães caçadores de javali. Posteriormente, durante o período da Idade Média, esses cães foram cruzados com os de pastoreio de Rottweil, na Alemanha, dando origem ao Rottweiler Metzgerhund ("cão do açougueiro de Rottweil"), denominados desse modo porque.serviam de cães de guarda e para reunir o rebanho que era tocado em boiada a pé pelas estradas.

Considerando que os Rottweilers são cães de guarda por extinto, poderão demonstrar um comportamento agressivo com estranhos e invasores, o que justifica um treinamento focado em obediência e um manejo firme. Entretanto podem se tornar afetuosos, calmos e equilibrados cães de companhia.

# 48 | Samoieda

Uma beleza de tirar o fôlego, uma pelagem tão branca quanto a neve e o famoso "sorriso samoieda" mantêm o sucesso dessa criatura glamourosa que por onde passa desperta admiração e faz novos amigos! Elegante e ágil, hoje o Samoieda é uma das estrelas mais presentes nas competições e exposições caninas, além de ser um excelente cão de companhia.

Os ancestrais da raça foram os fortes Spitz europeus. Uma tribo nômade da Sibéria, os samoiedos, deu à raça o seu nome e a usava para puxar os trenós e arrebanhar as renas. A raça tornou-se reconhecida pela resistência e força, e os exploradores europeus usaram-na em suas expedições polares. Originalmente, o Sammy (como a raça é afetuosamente conhecida) era um cão multicolorido, geralmente preto, preto-e-branco, ou preto e castanho, mas eventualmente a cor branca na pelagem tornou-se dominante. No final do século XIX, mercadores de peles reconheceram o potencial de lucro da bela pele branca do Samoieda e começaram a importar a raça para os Estados Unidos e para a Europa.

Ativo, inteligente e de natureza independente. Um cão que faz amizade com qualquer pessoa facilmente, inclusive com um estranho ou invasor.

# 49 | São Bernardo

Três séculos de trabalho árduo nas montanhas, efetuando o resgate de vítimas, deram ao São Bernardo um saldo estimado de 2.500 vidas humanas salvas. As modernas rodovias e as novas condições de uma era tecnológica tornaram o trabalho do São Bernardo desnecessário - em nossos dias, a raça é muitíssimo valorizada como um inteligente e amável cão de companhia.

A raça teve a origem de seu nome relacionada à hospedaria do desfiladeiro do Grande São Bernardo, fundada em 980 d.C. por São Bernardo de Menthon e que servia de refúgio aos viajantes das perigosas passagens alpinas entre a Suíça e a Itália. Por volta do século XVIII, os monges da hospedaria criavam esses cães para guiar e encontrar pessoas nas traiçoeiras condições das montanhas alpinas. Os primeiros São Bernardo tinham uma pelagem curta, mas, com a introdução do sangue do Terranova, surgiu uma variedade de pêlo longo.

Apesar de seu enorme tamanho, o São Bernardo é extremamente gentil e amigo. Além disso, é um animal doméstico perfeito em virtude de seu carinho pelas crianças, desde que tenha muito espaço, alimento e exercícios.

# 50 | Schnauzers

Existem atualmente três tipos de Schnauzer - o gigante, o standard e o miniatura. Seu nome deriva da palavra em alemão Schnauze, que significa "focinho". O focinho do Schnauzer é realmente uma característica peculiar, especialmente por ser adornado com um longo bigode.

Os Schnauzers vieram das fazendas de gado e ovelhas de Württemberg e da Bavária, ao sul da Alemanha, onde se tem registro de um cão semelhante ao padrão dos Schnauzers no século XVI. Entre os seus antepassados estão incluídos provavelmente cães do tipo Poodle, bem como do Pinscher de pêlo duro alemão. Os primeiros desses eram cães de múltiplos propósitos por serem excelentes caçadores de ratos e cães de guarda, e, por terem muita energia, também puxavam carruagens.

Em geral os três tipos de Schnauzer são cheios de energia e estão sempre alertas, sendo ótimos animais de estimação.

# 51 | Setters

Os cães da raça Setter, naturalmente voltados para a vida no campo, figuram entre os mais graciosos, e há muito tempo têm sido usados na caça. Os Setters irlandeses, britânicos e Gordons são semelhantes na forma e na postura, mas têm uma variedade de cores diferentes em suas pelagens.

Provenientes de uma variedade de Spaniels, Setters e Pointers, o Setter irlandês era inicialmente um cão vermelho e branco, com pernas mais curtas que as das raças atuais. No século XIX, Sir Edward Laverack desenvolveu o belo e equilibrado Setter inglês, que passou a ser conhecido como Laverack Setter. O Setter Gordon foi cuidadosamente desenvolvido pelos duques de Gordon em sua propriedade na Escócia, devendo sua coloração preto-castanho a um ancestral Collie.

Os Setters são geralmente carinhosos, efusivos e cheios de vitalidade. Alguns são difíceis de serem treinados, provavelmente por terem personalidade independente, mas, com exercícios constantes, podem se adaptar muito bem.

# 52 | Shar Pei

Um dos cães mais raros do mundo, esta criatura de pele abundante e cheia de rugas causa agitação onde quer que vá. Seu nome deriva de sua pelagem cerdosa e eriçada - shar pei significa "pele de tubarão" ou "lixa" em chinês. É uma raça prazerosa e amável, portanto não merecedora de seu outro nome, o Cão de Luta Chinês. Entretanto, no passado, alcancou considerável sucesso em combates caninos por causa do tamanho da pele, o que o torna um cão difícil de ser agarrado.

Os ancestrais orientais do Shar Pei podem, possivelmente, ter existido entre 206 a.c. e 220 d.C., pelo fato de obras de arte da dinastia Han apresentarem gravuras de um cão semelhante a ele. Alguns acreditam que a raça pode ter descendido de um cão bem maior, hoje extinto, encontrado no Tibete e nas províncias do norte da China por volta de 2 mil anos atrás, enquanto outros acreditam que esteja relacionado com os cães de serviço das províncias do sul da China. O futuro do Shar Pei por muitas vezes já esteve ameaçado. Na década de 1970, porém, criadores americanos assumiram o compromisso com a raça e, em 1981, o primeiro Shar Pei chegou à Grã-Bretanha.

Ele é bem comportado, independente e ama as pessoas.

# 53 | Shih Tzu

A pelagem delicada como um manto de madeixas longas do Shih Tzu é talvez a responsável pelo seu nome, que significa "cão leão" em chinês. Na atualidade, a presença do Shih Tzu adorna e protege as residências em que vivem.

As origens exatas dos Shih Tzu permanecem envoltas em mistério, porém o lamaísmo, a religião do Tibete e uma forma de budismo, oferece algumas pistas. Maujusri, deus lamaísta do aprendizado, estava sempre acompanhado de um pequeno cão que podia transformar-se em leão. Por causa da sua aparência que lembra um pequeno leão, o Lhasa Apso tibetano é muito associado ao Shih Tzu ou ao "cão leão". Os imperadores chineses foram então presenteados com Lhasa Apsos pelo líder do Tibete, o Dalai Lama, sendo provável que ao chegarem na China esses exóticos animais tenham sido cruzados com pequineses para que se formasse a raça que conhecemos hoje.

Brincalhão e ativo, é um divertido cão de companhia e um excelente cão de guarda.

# 54 | Spaniel d água Americano

Este cão de aparência áspera e grosseira é trabalhador e dedicado quanto a espantar e a trazer a caça, além de ser um companheiro talentoso e versátil. Uma das poucas raças originárias dos Estados Unidos, ainda é pouco comum em sua terra natal e praticamente desconhecida no resto do mundo. O Spaniel dÁgua Americano é o cão do Estado do Wisconsin.

Registros confiáveis da raça datam apenas da metade do século XIX. É provável que o Retriver de pêlo encaracolado e o Spaniel dÁgua irlandês estejam entre os seus ancestrais. O reconhecimento da raça aconteceu em 1940.

Muito amigo, inteligente, ativo e sempre tenta agradar seu dono.

# 55 | Spitz Finlandês

O Spitz Finlandês é um dos cães mais populares em sua terra natal, a Finlândia, onde é chamado de Suomenpystykorva. Ele foi usado até o início do século XX para perseguir e encurralar o urso marrom, além de vários outros tipos de caça. Hoje em dia, o Spitz Finlandês é sobretudo um cão cheio de entusiasmo que se diverte em provocar a revoada de galos silvestres nos arvoredos, indicando o paradeiro de um pássaro ao latir alto e rapidamente.

Os antepassados desta raça antiga provavelmente acompanharam o misterioso povo ugro-finês, que partiu da costa sul do Golfo da Finlândia para estabelecer os primeiros povoados por volta do ano 100 d.e. o decorrer dos séculos, houve muitos cruzamentos com outros cães escandinavos. Devido a esse fato, até a metade do século XIX a raça havia se deteriorado seriamente. Os finlandeses reuniram esforços para localizar qualquer Spitz de sangue puro ao norte do país, estabeleceram programas de criação e, no ano de 1892, definiram um padrão para a raça. Desse modo, o Spitz Finlandês foi salvo da extinção e do esquecimento. Além da Finlândia, o Spitz Finlandês é extremamente popular na Suécia e cada vez mais conhecido na GrãBretanha e nos Estados Unidos.

Inteligente, ativo, herói e amigo, o Spitz Finlandês é um dos mais leais e protetores companheiros. Pode ser um tanto quanto insistente quando deseja receber atenção e um pouco arredio com pessoas estranhas, mas com paciência logo se torna o animal número um da família, gentil com as crianças e com outros animais.

# 56 | Springer Spaniel

O versátil Springer Spaniel Inglês sobressai como um dos mais robustos Spaniels de caça, além de ser um confiável cão de guarda. Com sua afetividade, paciência e personalidade obediente, ele se enquadra muito bem como um cão de companhia, mas precisa de bastante exercícios físicos. É um dos mais velhos da linhagem e provavelmente o ancestral da maioria das raças dos Spaniels e de outras raças de aponte. Seu nome deriva do inglês springer, que significa "aquele que levanta a caça", ou "aquele que afugenta a caça na mira do caçador". Eficiente tanto na terra quanto na água, ele não se deixa abater pelo mau tempo e é capaz de procurar a presa através de um focinho supersensível.

Desde os primórdios da Idade Média, este tipo de cão permanece na Inglaterra. A criação seletiva para desenvolver as características do Springer começou no início do século XIX e, em meados de 1850, a raça conforme conhecemos hoje já se encontrava estabelecida, tendo sido reconhecida na Grã-Bretanha em 1902 e nos Estados Unidos e Canadá em 1907.

Um cão extremamente amigo, sempre pronto a agradar, de rápido aprendizado, obediente, dócil e que pode ser bastante reservado na presença de estranhos.

# 57 | Terra Nova

Desenvolvido na ilha de Terra Nova, este cão com semelhança de urso tem incríveis habilidades em salvamento na água. Um dos cães de trabalho mais fortes já desenvolvidos, é leal e se enquadra perfeitamente como um cão de companhia.

Os ancestrais desta raça permanecem quase que completamente desconhecidos. Enquanto uns alegam que seus ancestrais foram trazidos pelos vikings no século X, outros acreditam que o Terranova é descendente do Cão Montanhês dos Pireneus. Seja qual for a verdade, a raça evoluiu até se tornar o Terranova que conhecemos, um fabuloso cão de resgate no mar e um ótimo cão de tração. O autor escocês J. M. Barrie se inspirou no seu Terranova para criar o Nana em Peter Pan.

Gentil, dócil e, apesar de seu tamanho, é extremamente carinhoso com as crianças.

# 58 | Terrier Brasileiro

Conhecida também como Fax Paulistinha, essa raça une energia e agilidade a uma grande capacidade de aprendizado. Um cão inteligente precisa ser bem adestrado para saber quem manda, mas, ensinado, torna-se um ótimo cão de companhia, de guarda e até mesmo um caçador de pequenos animais.

No século XIX e início do século XX houve um grande trânsito de jovens brasileiros que foram completar seus estudos na Europa. No retorno ao Brasil, muitos desses jovens, já com família formada, traziam na bagagem um cão do tipo Terrier. Dos cruzamentos ocorridos entre esses exemplares europeus e os cães de fazenda brasileiros surgiu o Terrier Brasileiro. O padrão da raça foi se fixando em poucas gerações. Com a migração das elites agrícolas para a cidade, o pequeno cão sofreu uma nova mudança de ambiente, adaptando-se à vida citadina.

Alerta, ativo e esperto, muitas vezes é tido como um cão incansável. Costuma ser amigável e gentil com amigos e desconfiado com estranhos. É um cão facilmente adestrável, sendo usado em apresentações caninas com freqüência.

# 59 | Terrier de Boston

Ativo, inteligente e corajoso, uma das poucas raças desenvolvidas nos Estados Unidos, é um excelente cão de companhia e requer poucos cuidados especiais.

O Terrier de Boston foi criado como um cão de briga em rinhas. Uma prática que acontecia, inicialmente, em Boston no século XIX. Os primeiros Terriers de Boston foram produzidos a partir do cruzamento de Bulldogs, embora mais tarde tenham sido substancialmente modificados pela prática de cruzamentos seletivos entre aparentados (endogamia) e também pelo cruzamento com Bulldogs franceses. Em 1891 o Clube Americano do Buli Terrier em Boston candidatou-se ao reconhecimento da raça, que foi prontamente recusado até que o nome "Bull Terrier" fosse alterado. A partir do conhecimento do Clube Americano do Terrier de Boston, em 1893, a raça se tornou uma das mais populares nos Estados Unidos tanto como cão de exposição quanto de companhia.

Inteligente, impetuoso e afetivo, sem nenhuma sombra das tendências à agressividade de seus ancestrais.

# 60 | Weimaraner

Grande e cinza, ele é reconhecido por todas as suas habilidades como caçador. Inicialmente, foi usado para caçar animais maiores, como lobos, ursos e javalis, tendo sido posteriormente adaptado como farejador e também para buscar e trazer pássaros abatidos na caça.

Conhecido na Alemanha desde o século XVII, mas só emergiu como raça distinta no início do século XIX. Foi um cão desenvolvido pela nobreza do Grão-Duque de Weimar, provavelmente como resultado do cruzamento de Blood.hounds com wna variedade de cães de caça. Seu excelente nariz é sem dúvida o resultado dessas origens. Com o crescimento desenfreado da civilização, a caça a animais maiores perdeu a intensidade, e ele se transformou em cão de aponte na caça às aves. Os Weimaraners eram estritamente controlados e não era permitido tê-los fora da Alemanha até 1930. A partir de então, a raça tem conquistado um significante crescimento tanto na Grã-Bretanha quanto nos Estados Unidos.

Originalmente desenvolvido como cão de caça e de companhia, o Weimaraner é ativo, de personalidade marcante, inteligente, destemido e precisa de muitos exercícios e rígido controle.

# 61 | Welsh Corgi

O nome provavelmente deriva da palavra corrci em gaulê ) que significa "cão anão". Existem dua variedades relacionadas - o Pembroke e o Cardigan.

A maioria acredita que o Pembroke Welsh Corgi tenha chegado ao País de Gales em 1107, com os tecelões flandrenses, enquanto outros alegam que seu histórico flandrense e a cabeça semelhante à da raposa apontam para uma ancestralidade com os Spitz. Uma outra corrente de pensamento, no entanto, acredita que o comércio entre Gales e a Suécia introduziu o Vallhund sueco nos grupos de cães da região. Assim como o Cardigan, o Pembroke teve muito sucesso como cão de pastoreio. Ágeis e rápidos, os Corgis corriam em volta do rebanho e mordiam as patas na região do casco daqueles que não queriam obedecer.

São leais, afetuosos, amigos, muito carinhosos com as crianças e tendem a ser cautelosos com estranhos, fato que o qualifica como um cão de guarda.

# 62 | West Highland White Terrier

Considerado por todos os seus aficionados como um dos cães mais atraentes dos terriers escoceses, este é também um cão audacioso e tenaz. Ele precisa de um manejo firme e bastante atenção por parte de seus donos.

Criado para caçar lontras e animais predadores, tem os mesmos ancestrais dos terriers, como o escocês, o Cairn e o Dandie Dinmont. O cruzamento seletivo de todos os cães brancos, no século XIX, estabeleceu os padrões característicos que conhecemos hoje. O "Westie" também já foi chamado de Poltalloch Terrier e de Roseneath Terrier, este último, uma alusão à propriedade rural em Dumbartonshire do duque de Argyll, um famoso aficionado da raça.

O Westie tem uma personalidade afetuosa, confiante e atrevida. Embora de pequeno porte, é corajoso e está sempre alerta, o que o torna um bom cão de guarda.

# 63 | Whippet

Assim como seu ancestral, o Greyhound, o Whippet é elegante, gracioso e de traços finos. Além disso, possui sangue terrier em sua linhagem, especialmente o dos Bedlingtons e dos Manchesters. Embora aprecie toda espécie de agitação, também se sente feliz com uma vida confortável em família, o que o torna um excelente animal de estimação.

No período vitoriano, os mineiros das minas de carvão do nordeste da Inglaterra cruzaram terriers locais com Greyhounds pequenos para usá-los em "provas de snap racing" (caça ao coelho e à lebre em espaço e percurso limitados). Essas provas, por causa de suas condições de crueldade, tornaram-se ilegais e logo se transformaram no "rag racing", esporte que consistia em incitar os Whippets a correrem a toda a velocidade na direção de seus donos que lhes acenavam com um pedaço de pano. Conseqüentemente, os Whippets passaram a se chamar carinhosamente "rag dogs" (cães dos trapos).

Este é um dos melhores cães que alguém gostaria de ter - gentil, amável e leal. Sente-se feliz em morar em uma casa ou em um apartamento, mas necessita de exercícios físicos diários.

# 64 | Vira Lata

Quase todos os cães de pedigree foram produzidos originariamente pelo cruzamento de vários tipos de cão, portanto poderíamos afirmar que os cães de raça também são Vira-latas! Se você está interessado em um espécime canino para ser companheiro e amigo leal, vá a uma instituição ou a um órgão da sociedade humanitária em defesa dos animais e lá você encontrará um cão tão bom quanto qualquer outro no mundo.

Todos os cães domésticos pertencem à espécie do Canis familiaris, e os Vira-latas são tão ricos em qualidades quanto qualquer outro cão aristocrático e de pedigree. Além da simplicidade de uma aparência comum de Vira-latas, as raças indefinidas são providas de um vigor híbrido, são mais fortes, têm temperamento equilibrado, estão menos propensas às doenças e mais adaptáveis do que seus correlativos de pedigree.